Fevereiro 11, 2022
O Município da Guarda, através do seu Museu, inaugura na Sala de Exposições Temporárias, no dia 10 de fevereiro, quinta-feira, pelas 18h00, a exposição ‘Falar com o tempo’, de Ilda David’. A mostra vai ficar depois patente no Museu da Guarda, no Paço da Cultura e na Capela Solar dos Póvoas até 17 de abril.
Ilda David’ é uma consagrada artista plástica portuguesa conhecida pelas suas obras profundamente ligadas ao universo literário e poético e apresenta na Guarda uma importante exposição que reúne obras representativas do seu trabalho, desenvolvido ao longo da carreira e, mais particularmente, nestes últimos três anos. Uma carreira iniciada nos anos 80 do século passado e cuja obra se tem afirmado progressivamente, desenvolvendo um processo de investigação formal que representa um dos mais coerentes percursos da arte portuguesa, fazendo a ponte entre a literatura e a pintura, entre o poético e o onírico. A exposição tem curadoria de Nuno Faria, atual diretor artístico do Museu da Cidade do Porto, cuja seleção de trabalhos aqui apresentada na Guarda, incide sobre as pesquisas plásticas que caracterizam Ilda David’ e o trabalho que vem construindo há quatro décadas: «um universo artístico, em que se cruzam de forma particularmente profícua e estimulante, a imagem e a palavra» e «cujo denominador comum é a tematização da irredutível diversidade da linguagem da natureza».
Sobre a artista, Ilda David’
Nasceu em 1955. Vive e trabalha em Lisboa. Frequentou o curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, de 1976 a 1981. As mais recentes exposições individuais (seleção): «Une lumière de printemps» (‘Uma Luz de Primavera’), Embaixada de Portugal / Centro Cultural Português / Camões, Luxemburgo, 2021; «As Florestas São do Outro Mundo» (pintura), Galeria Neupergama, Torres Novas, 2017; «Do Negro a Luz – Desenho 1986-2016», Fundação Carmona e Costa, Lisboa, 2016; «Epifania da Graça» (mosaico), Catedral de Bragança, 2015; «Maria Gabriela Llansol: O encontro inesperado do diverso» (com Duarte Belo), CIAJG, Guimarães, 2014; «Azul de Perdição» (pintura sobre papel), Giefarte, Lisboa, 2014; «Amor de Perdição» (pintura sobre papel), Casa de Camilo, S. Miguel de Seide, 2014; «O Quarto e o Bosque» (desenho), Giefarte, Lisboa, 2012; «Pentecostes», pintura na Capela do Rato, Lisboa, 2011; «Vicente» (pintura), Teatro de São João, Porto, 2009; «Cartas de São Paulo» (pintura), Seminário Conciliar de Braga, Braga, 2009; «Pentateuco» (pintura), Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, 2007; «Ínsula» (pintura), Escola António Arroio, Lisboa, 2006; «Tábuas de Pedra» (pintura), Porta 33, Funchal, 2005; «Florestas» (desenho), Giefarte, Lisboa, 2005. Além da pintura, tem-se dedicado também à ilustração de livros em colaboração com muitos dos melhores poetas portugueses. Numa iniciativa de José Tolentino Mendonça, ilustrou uma nova edição, em oito volumes, da primeira tradução da Bíblia para língua portuguesa, traduzida por João Ferreira Annes d’Almeida, publicada pela Assírio & Alvim, 2006. Em 2012 ilustrou livros de Camilo Castelo Branco, Maria Velho da Costa e Manuel António Pina.